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Oficina 03 – Biografia e fases da vida

Realizada na Fazenda São Luiz, no Bairro Mato Dentro, foram apresentadas as Fases da Vida. Os participantes trocaram biografias em pequenos grupos, compartilharam suas percepções e fortaleceram vínculos. Criaram planejamentos pedagógicos com foco socioambiental de acordo com as diferentes fases de vida de seus alunos(as).

“Se eu tivesse acesso ao conteúdo sobre as fases da vida quando mais jovem, quanto sofrimento eu teria poupado. Esta ferramenta é de grande valia para olhar minha trajetória e dos meus alunos, de forma a reconhecer e compreender suas fases e fortalecer a relação de ensino e aprendizagem.”

Professora Luciana Castro

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Conceitos Antroposoficos

Fases da Vida

 

As fases da vida do ser humana podem ser observadas de 7 em 7 anos. Como o foco deste projeto foram os professores da rede pública, que trabalham com crianças e jovens, destacamos aqui os três primeiros setênios de vida.

 

Primeiro setênio (do nascimento até 7 anos)

A criança está aberta ao mundo, sendo toda ela órgão dos sentidos, e as impressões penetram em seu interior sem nenhuma proteção. Os adultos são grandes influências quanto às impressões sensoriais que a criança recebe de fora. Por meio dessas relações ela irá ligar-se a seu corpo e ao mundo, vivenciando que “o mundo é bom” ou irá desligar-se deste mundo ruim e agressivo, dificultando seu entrosamento na vida adulta. Calor, confiança e amor são os três alimentos anímicos imprescindíveis à criança. O Aprendizado se faz por imitação, em especial observando o adulto. É pela imitação que ela aprende as três faculdades eminentemente do ser humano: andar, falar e pensar. Para a criança, o brincar é extremamente importante, pois é ele que irá, mais tarde, incentivar a criatividade na vida e no trabalho.

A alfabetização e intelectualização precoce rouba da criança forças vitais muito necessárias em sua vida adulta. 

 

Segundo setênio (7 aos 14 anos)

A criança passa do lar ou do jardim-de-infância para a escola. Do ambiente protegido passa-se a uma porção de confrontações e desafios. O prédio da escola, os professores que representam uma nova autoridade, os colegas. O mundo que se vivia é ampliado.

Nesta fase, o mundo é transmitido e apresentado pelo professor. É ele quem chama a atenção para o mundo, traz conceitos, faz vibrar os sentimentos e incentiva as ações da criança. O professor é uma autoridade amada para a criança. Sem amor, apenas com autoridade, a criança nada aprende.

Nesta época, é importante a criança vivenciar que “o mundo é belo”. Estimulá-la a vivenciar a beleza da natureza, das obras de arte, cultivando veneração pelo belo, leva a criação do fundamento do senso estético que permanecerá para o resto da vida. 

Nessa época da vida, é necessário construir um equilíbrio entre autoridade que imponha limites à criança e espaço para que ela não se sinta sufocada.

Terceiro setênio (14 aos 21 anos)

A diferenciação sexual entre homem e mulher se torna agora mais evidente. Os membros se fortificam, tornando-se aptos a transformar a terra e o mundo. Toma-se a vida nas próprias mãos, revolta-se contra os pais e quer fazer as coisas por si mesmo.  Nesta fase, surge a percepção que as regras externas têm que ser substituídas por regras que ele mesmo se impõe. Lançam-se críticas contra tudo e contra todos. Quer-se fazer reformas dentro de casa, modificar a família, a escola, a sociedade.

O jovem busca pelo verdadeiro no mundo. Nesta fase a ciência é apontada como única verdade. Ele precisa encontrar veracidade, autenticidade dos adultos que o cercam. Um professor que não seja autêntico, que fale da boca para fora, não será aceito. 

Fonte: Gudrun Burkhard – Tomar a vida nas próprias mãos

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